CXNobre

Estados de Espirito

As fáceis decisões dificeis – por José Bancaleiro

Esta semana comprei o “Sol” e deparei com um artigo de opinião de um ex-professor meu - Jose Bancaleiro e não podia concordar mais com ele. Para melhor situar, e porque a sua escrita é bem melhor que a minha, vou transcrever algumas das passagens mais interessantes do artigo:

“O mercado parece estar a iniciar uma descida, o lançamento de importante produto parece não estar a responder como planeado, a estratégia fixada parece não estar a dar resultados e lá vem o director-geral, com ar constrangido comunicar ao restante management team que “teve de tomar uma decisão muito difícil e muito dolorosa”: reduzir uma percentagem x dos postos de trabalho.

Logo pelo inicio do texto vemos que é o que se está a passar com muitas empresas. Mas a pedra de toque começa mais á frente com a seguinte frase:

“Ao primeiro sinal de crise, muitas vezes provocadas por más decisões ou ausência delas, a primeira decisão era a redução de headcount”

e acrescenta mais à frente:
“(...) a verdade é que este tipo de decisões é (...) a mais fácil de tomar. É muito mais fácil despedir umas dezenas de colaboradores do que conseguir novos produtos, aumentar as vendas noutros segmentos, ou mesmo reduzir alguns custos evitáveis ou bónus dos ‘quadros’”

Não será esta a base da crise? Não terá sido causada por falsos competentes e pior não está a ser mantida de uma forma artificial? Não estará a continuar a ser uma desculpa para continuar a tapar “o sol com a peneira”

Gostei particularmente desta parte:
“Consciência social é uma das bases da tão propalada responsabilidade social. É estranho que empresas gastem rios de dinheiro a criar uma imagem de boas cidadãs e de preocupação ecológica tomem com tanta facilidade a decisão de despedir os seus trabalhadores. A responsabilidade social começa dentro de casa.”

Pois é, esta foi na muche. Os trabalhadores são sempre a moeda de troca. E quem fez asneira? No pasa nada, ...

A citação a Akiro Morita, fundador da Sony é elucidativa que dizia “não tinha trabalhadores a mais, tinha era negócio a menos”

José Bancaleiro reforça a ideia: “ (...) as empresas devem esgotar todas as todas as alternativas (especialmente aumentar o valor para os clientes e crescer o negócio) que evitem a extinção de postos de trabalhos necessários, até porque (...) o principal factor diferenciador das empresas são as suas pessoas e, na maioria dos casos, prescindir delas é deitar fora talento e conhecimento que não só pode fazer falta mais tarde, como deteriora a imagem (marca) (...)”
Toda esta questão é rematada com uma frase fabulosa: “Costumo dizer que há dois tipos de empresa: As que choram e as que vendem lenços”. Para bom entendedor ....

Aconselho vivamente a ler todo o artigo, publicado Sábado, 28 de Março de 2009 no caderno de economia.

José Bancaleiro, os meus PARABENS.

1 comentários:

O Santo disse...

Caro amigo, o meu comentário está em http://osantoazul.blogspot.com/2009/04/decisoes-de-gestao.html

Are you talking to me?

Seguidores

Quantos já me aturam

Gosto destes

Pode dar jeito